Reajuste salarial para trabalhador da Construção e Mobiliário é de 5,57%

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Resultado da negociação assegura ganho real de 1% acima da inflação

(Foto) Rodada de fechamento das negociações coletivas aconteceu dia 26, no Siticom.

Os mais de cinco mil trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Jaraguá do Sul e Região recebem no quinto dia útil de setembro reajuste salarial de 5,57% referente ao resultado da negociação coletiva de trabalho entre os sindicatos dos Trabalhadores e dos patrões do setor. O percentual inclui 1% de aumento real aos salários, já que a inflação/INPC registrada de 1º de agosto de 2008 a 31 de julho de 2009 foi de 4,57%. Os salários Admissional e Normativo da categoria tiveram aumento de 2,43% acima da inflação, ou seja, de 7%. Caso a Assembleia Legislativa aprove e o governo do estado sancione o Projeto de Lei que institui o Piso Salarial Estadual, as partes voltam a negociar em janeiro do próximo ano, já que o Normativo da categoria ficaria, assim, abaixo do valor do piso estadual.

A nova Convenção Coletiva de Trabalho estabelece que o Salário Admissional (pago a quem possui até 90 dias de trabalho na empresa) passa de R$ 506,00 para R$ 541,42, enquanto o Normativo sai dos atuais R$ 536,36 e passa para R$ 573,90. Para os profissionais – pedreiro e carpinteiro – o Salário Normativo passa de R$ 641,30 para R$ 686,19. “Não foi o resultado que queríamos, mas quase a metade das negociações fechadas no primeiro semestre de 2009 ficou em 1% de aumento real, o restante apenas zerou a inflação ou nem conseguiu essa reposição”, avalia a presidente do Siticom, Helenice Vieira dos Santos, citando recente levantamento feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-econômicos) sobre os resultados das negociações salariais, entre janeiro e junho de 2009. O diretor técnico do Diese, economista José Álvaro Cardoso, participou das negociações como representante dos trabalhadores.

A presidente do Siticom critica a intransigência dos patrões em negociar o mínimo de melhorias nas condições de trabalho. “Não foi póssível avançarmos nas cláusulas sociais, uma vez que o sindicato patronal não tem nenhum interesse em discutir o que seria bom para o trabalhador”, protesta Helenice Vieira dos Santos, citando como exemplos a garantia de fornecimento de protetor solar, como medida de proteção ao câncer de pele entre trabalhadores de construção, a ampliação da licença maternidade para 180 dias, direito à creche, aviso prévio indenizado em caso de pedido de demissão. 

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