Empresa terceirizada da Celesc vai equiparar os salários de Jaraguá do Sul e Joinville
Os trabalhadores da Serrana Engenharia retornaram ao trabalho na manhã de hoje (21), depois que a empresa decidiu equiparar os salários aos de Joinville e São Francisco do Sul. Representantes da direção da empresa estiveram reunidos com os trabalhadores na noite do dia 20, na filial (rua Victor Rosemberg, 436, Vila Lenzi) e prometeram pagar, até 30 de julho, reajuste em torno de 7,20% a título de antecipação da data-base da categoria, em 1º de agosto. O restante do aumento salarial será pago em agosto, elevando os salários de R$ 841,00 para R$ 999,00.
Além disso, dois trabalhadores foram indicados para acompanhar a continuidade das negociações entre a direção da Serrana e o Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário (Siticom), visando a melhoria das condições de trabalho na empresa. Entre os problemas levantados pelos trabalhadores estão o excesso de horas extras, principalmente entre os trabalhadores da equipe de plantão (é normal que a empresa conceda atualmente apenas uma folga por mês, no domingo) e a precariedade no alojamento. A Serrana Engenharia presta serviços terceirizados à Celesc nas áreas de construção, manutenção e reparos na rede de iluminação pública.
Trabalhadores da Serrana em greve por isonomia salarial
Empresa terceirizada da Celesc paga salários diferentes para trabalhadores com mesma função
![](http://wordpress-direta.s3.sa-east-1.amazonaws.com/wp-content/uploads/sites/109/2011/06/16122319/Siticom-greve-Serrana-20.06.11.jpg)
Treze trabalhadores da Serrana Engenharia, empresa terceirizada da Celesc que realiza serviços de manutenção e reparos na rede de iluminação pública, paralisaram as atividades às 7 horas de hoje (20), na rua Victor Rosemberg, 436, Vila Lenzi, reivindicando a isonomia do piso salarial que apresenta diferença substancial nos valores em relação aos trabalhadores da mesma empresa, em Joinville. A empresa paga R$ 841,00 para os trabalhadores de Jaraguá do Sul, e R$ 999,00 àqueles que estão registrados em Joinville e São Francisco do Sul.
“Esses trabalhadores não têm posto fixo de trabalho, hoje estão aqui, amanhã poderão estar em Rio Negrinho, Mafra, Lages, Itajaí, Joinville. É a mesma empresa, não se justifica essa diferença salarial”, critica a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário (Siticom), Helenice Vieira dos Santos. Ela esteve na filial da empresa (local da paralisação) durante o período da manhã, juntamente com o diretor do Siticom, Ricardo Adriano Gonçalves, e os diretores do Sindicato dos Eletricitários do Norte de SC (Sindinorte), Ailton Communello e Sandro Vieira, e o presidente da entidade, Dirceu Simas. “O pessoal está no limite da indignação”, afirma Dirceu.
O trabalhador Adivoncir Farias da Silva está há quatro anos e meio na Serrana, já trabalhou em Itajaí, Joinville, São Francisco do Sul, Massaranduba, Jaraguá do Sul, Guaramirim. “É a mesma empresa, são cidades vizinhas, com economia parecida, receber menos é uma desigualdade”, argumenta o trabalhador, que já foi registrado como encarregado de obras e, hoje, como eletricista, embora trabalhe como motorista da empresa. “Meu salário foi rebaixado na Carteira, é prejuízo para mim”, queixa-se.
O gerente regional da Serrana, Paulo Leonardo Souza Bathke, afirma que “o momento é delicado, porque o que a Celesc paga é pouco. Trabalhamos em obras particulares para ganhar mais”, informa o gerente. Segundo os próprios trabalhadores, a empresa exige que todos trabalhem “direto”, com folga de apenas um domingo por mês. O trabalhador José Adílio Franceski, cinco anos de empresa, teve registradas em seu holerite do mês de maio nada menos de 65 horas extras.
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